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Retirados do livro Passagens de Walter Benjamin
Flâneur é o ser que observa o mundo que o cerca de maneira real e descritiva, levando a vida para cada lugar que vê. O flâneur descreve as cidades, as ruas, os becos, o externo. Recrimina o privado de modo a ver a rua como lar, refúgio e abrigo – reflete a necessidade de identificação dele para com a sociedade.
Flanar é vagar pelas ruas não simplesmente caminhando, é andar observando tudo à volta.
O flanêur é um amante das ruas que repara em detalhes que para outros cidadão passam despercebidos. Ele valoriza objetos, lugares, pessoas que o observador comum já não repara, por fazerem parte de uma rotina.
E o flâneur observa cada degrau, cada pedra do calçamento, cada placa de loja, cada portal.
O individuo flâneur utiliza sua janela para fazer sua observação e seu retrato. O flâneur é um fotografo além de imagens, ele registra idéias, sentimentos e atitudes.
Figura do flâneur como protótipo do sujeito moderno – vagar errante, gracioso e fortuito que mantém a percepção aberta para experiências de toda ordem – reinventa a cidade a cada passeio, tem uma maneira própria de tecê-las, andar, apalpar, errar por caminhos não definidos pautados por um ritmo próprio, que se preocupa tão somente com metáforas pessoais para a significação do espaço.
A rua conduz o flâneur por um tempo que desapareceu, rumo a um passado que pode ser tão mais interessante por não ser seu próprio passado, seu passado particular.
“Paisagem construída de pura vida”. A cidade de fato se torna paisagem para o flâneur. A cidade cinde-se em seus pólos dialéticos. Abre-se para ele como paisagem e fecha-se em torno dele como quarto.
Relatório de um agente secreto/ o homem da multidão.
O flâneur não se nutre apenas daquilo que lhe passa sensorialmente pelos olhos, mas apodera-se frequentemente do simples saber, como de algo experienciado e vivido.
Em 1839, era elegante levar consigo uma tartaruga quando se passeava. Isso dá uma idéia do ritmo de flanar.
A cidade é a realização do antigo sonho humano do labirinto. O flâneur, sem o saber, persegue essa realidade.
Sobre a lenda do sujeito; “com a ajuda de uma palavra que escuto ao passar, reconstituo toda uma conversa, toda uma vida; o tom de uma voz é suficiente para unir o nome de um pecado capital ao homem com quem acabo de cruzar, de quem só vislumbrei o perfil”
O espaço pisca para o flâneur. Esse compõe seus devaneios como legendas para as imagens. Trata a cidade como território de caça. É um observador, um espião. A figura do flâneur prenuncia a do detetive. O flâneur devia procurar uma legitimação social para seu comportamento. Convinha-lhe perfeitamente ver sua indolência apresentada como aparência, por detrás da qual se esconde de fato a firme atenção de um observador seguindo implacavelmente o criminoso que de nada suspeita.
Flâneur é o ser que observa o mundo que o cerca de maneira real e descritiva, levando a vida para cada lugar que vê. O flâneur descreve as cidades, as ruas, os becos, o externo. Recrimina o privado de modo a ver a rua como lar, refúgio e abrigo – reflete a necessidade de identificação dele para com a sociedade.
Flanar é vagar pelas ruas não simplesmente caminhando, é andar observando tudo à volta.
O flanêur é um amante das ruas que repara em detalhes que para outros cidadão passam despercebidos. Ele valoriza objetos, lugares, pessoas que o observador comum já não repara, por fazerem parte de uma rotina.
E o flâneur observa cada degrau, cada pedra do calçamento, cada placa de loja, cada portal.
O individuo flâneur utiliza sua janela para fazer sua observação e seu retrato. O flâneur é um fotografo além de imagens, ele registra idéias, sentimentos e atitudes.
Figura do flâneur como protótipo do sujeito moderno – vagar errante, gracioso e fortuito que mantém a percepção aberta para experiências de toda ordem – reinventa a cidade a cada passeio, tem uma maneira própria de tecê-las, andar, apalpar, errar por caminhos não definidos pautados por um ritmo próprio, que se preocupa tão somente com metáforas pessoais para a significação do espaço.
A rua conduz o flâneur por um tempo que desapareceu, rumo a um passado que pode ser tão mais interessante por não ser seu próprio passado, seu passado particular.
“Paisagem construída de pura vida”. A cidade de fato se torna paisagem para o flâneur. A cidade cinde-se em seus pólos dialéticos. Abre-se para ele como paisagem e fecha-se em torno dele como quarto.
Relatório de um agente secreto/ o homem da multidão.
O flâneur não se nutre apenas daquilo que lhe passa sensorialmente pelos olhos, mas apodera-se frequentemente do simples saber, como de algo experienciado e vivido.
Em 1839, era elegante levar consigo uma tartaruga quando se passeava. Isso dá uma idéia do ritmo de flanar.
A cidade é a realização do antigo sonho humano do labirinto. O flâneur, sem o saber, persegue essa realidade.
Sobre a lenda do sujeito; “com a ajuda de uma palavra que escuto ao passar, reconstituo toda uma conversa, toda uma vida; o tom de uma voz é suficiente para unir o nome de um pecado capital ao homem com quem acabo de cruzar, de quem só vislumbrei o perfil”
O espaço pisca para o flâneur. Esse compõe seus devaneios como legendas para as imagens. Trata a cidade como território de caça. É um observador, um espião. A figura do flâneur prenuncia a do detetive. O flâneur devia procurar uma legitimação social para seu comportamento. Convinha-lhe perfeitamente ver sua indolência apresentada como aparência, por detrás da qual se esconde de fato a firme atenção de um observador seguindo implacavelmente o criminoso que de nada suspeita.
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